terça-feira, 8 de abril de 2008

O FIM DA IMORALIDADE I

A grande maioria da população não deu importância à notícia de que o Tribunal Superior Eleitoral havia cassado o deputado paraibano Walter Brito por infidelidade partidária. Estava ocupada com a mentirada em torno do “dossiê” elaborado pela Casa Civil da Presidência da República, com o claro propósito de intimidar a oposição. O barulho feito sobre este emporcalhado tema, impediu o país de conhecer uma decisão capaz de colocar fim a este estado de sujidade em que se transformou a política brasileira. O deputado trocou de legenda após a histórica deliberação do STJ, assumindo os riscos de incidir na pena a que foi condenado. Deve ter passado pela cabeça do jovem parlamentar a idéia de que nada do que decidem os tribunais é para valer. Aqui em Minas, na última semana, o TRE cassou o mandato de uma vereadora, pelo mesmo motivo. A troca de legenda partidária, a permuta feita pelos políticos por motivos menores, estava se transformando em mancha de opróbrio contra a denominada classe política. Se por um lado, a permissividade legal ensejou a criação de inúmeras legendas, sem programa ou ideologia consistentes, mero arranjo para acomodar situações de beligerância existentes entre candidatos, por outro possibilitou um facilitário ao qual concorreram candidatos de todo matiz, não raro maculados com o sinete da conduta imoral no desempenho de funções públicas

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