domingo, 2 de novembro de 2008

A hora e a vez de Minas Gerais I

Jânio Quadros, o presidente fujão, assumiu o governo no dia 31 de janeiro de 1961. Quando raiar o sol no dia primeiro de janeiro de 2009, completar-se-ão 47 anos e 11 meses da ausência de Minas Gerais do comando do Brasil, tirante o período em que Itamar Franco governou a República com zelo, seriedade e probidade, marcas de seu comportamento na vida pública. Mesmo nesse curto espaço de tempo, os cordéis que acionam a máquina governamental estiveram em mãos paulistas ou de alguém fundamente vinculado aos interesses do grande Estado, orgulho de todos os brasileiros pela sua pujança e patriotismo. Força do determinismo sócio-político-econômico. De Juscelino até nossos dias, o poder está ali fortemente concentrado. Entenda-se poder em todos os matizes. Assumiram os paulistas o comando e a formulação do pensamento sociológico, econômico, científico e sociológico no Brasil, graças à modernidade de suas universidades e do avanço das pesquisas. Por natural efeito gravitacional, para lá foram os grandes bancos, as grandes corporações e empresas, os quadros humanos mais bem formados, tudo isto gerando inevitável conseqüência: o deslocamento e concentração do eixo do poder para São Paulo. Seu poder de articulação e influência prepara-se para tentar manter um paulista no comando da República por mais quatro ou oito anos, após o longo consulado paulista com Fernando Henrique e Lula.

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