domingo, 8 de junho de 2008

As lições do menino soletrador II

Resolveu, em atitude demonstrativa de sua vocação para o sucesso e a vitória, romper com a mediocridade ambiente e partir em busca de caminhos novos que, tinha certeza, o conduziriam ao pódio em que têm lugar os triunfadores. Se o momento sugere apenas aplausos e comemorações, deve-se tirar dele os ensinamentos e as verdades que suscita, especialmente para dar maior evidência ao desprestígio que a educação merece dos governos, seja pela baixa remuneração dos docentes, pela sua deficiente preparação em cursos que se tornaram instrumentos de ganância comercial, pela carência de elementos materiais nas escolas que possibilitem ao alunado preparo mais apurado, falta de bibliotecas que impede a pesquisa e o estudo, enfim, um cortejo de problemas que somente são superados quando alguém se sente dominado pelo sentimento de verdadeiro cruzado para romper as barreiras políticas, sociais e econômicas. Foi o que aconteceu com o estudante Éder Carlos Coimbra. Em minha opinião, esta é a lição mais expressiva que brota da experiência vitoriosa do jovem Éder, cuja dedicação aos estudos transformou-se, de repente, no mais expressivo modelo de aplicação a florescer pelo Brasil afora. Milhares de Éders surgirão de seu exemplo e para os habitantes de Padre Paraíso o desafio de retirar de seu modelo força e vigor para encetar caminhada firme e decidida na direção do progresso.

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