terça-feira, 14 de outubro de 2008

A fragilidade dos partidos IV

O Brasil já tem, devidamente registrados, 26 partidos, grupamentos sem rosto e sem princípios, organizados tão somente para permitir candidaturas sem rumo e sem destino, meros entes cartorários para ensejar registros de candidaturas com objetivo de participar do horário eleitoral gratuito. Têm início as discussões para tentar eliminar da vida institucional brasileira o instituto da reeleição, que se mostrou ineficaz e poderoso instrumento de desagregação moral e política. Em país democrático eleição não mete medo. O que assusta é o uso e abuso do poder governamental em favor de candidatos e candidaturas. Muito mais grave, porém, é o fenecimento dos partidos, transformados em amontoados de políticos famélicos, destruindo-se mutuamente até o ponto em que não sobrará quem faça a intermediação entre a população e o poder. Nessa hora, serão entoados os cânticos de réquiem em sua honra e os brados do Dies Irae pelos verdadeiros democratas contra os vendilhões do templo sagrado da democracia.

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