segunda-feira, 6 de abril de 2009

Os reacionários e a conspiração do silêncio II

. Como a maioria das redações dos meios de comunicação está hoje totalmente dominada pelos esquerdistas, exceção seja feita para alguns de grande talento, ampliando-se pelos rádios, televisões e até mesmo pelos bloggs, um conselho invisível e às vezes secreto lavra a sentença contra aquele que não alimenta suas mesmas ideias e convicções, sejam elas de que variedade for literárias, políticas, artísticas ou até mesmo estéticas. Quando não pretendem abrir espaços para um contendor, aplicam-lhe logo o qualificativo, às vezes carregado de sentido pejorativo. Por mais você justifique seus argumentos com fatos irrefutáveis, com verdades incontornáveis, com testemunhos verossímeis, simplesmente está condenado sem apelação a merecer para sempre o apelido de reacionário. Ao contrário, se o outro faz parte de sua confraria ideológica, se repete sem cessar o canto-chão que os maestros impuseram-lhe na mente despreparada, confinando-a a slogans e estereótipos revogados pelo tempo, quando exibe algum sinal de inteligência ou produz frase do tipo daquela emitida pelo presidente ao acusar os “brancos de olhos azuis” de responsáveis pela crise, o máximo a que se permite é taxá-la de metáfora ou espalhar pelos quatros cantos que os que não acreditam são apenas reacionários a serviço do capital estrangeiro e explorador, conceitos que lhe servem sempre de socorro ante a derrocada da argumentação. Esta é uma deformação que se identifica com facilidade no Brasil em quase todas as manifestações originárias dos meios de comunicação.

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