segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O nonagenário Rondon Pacheco III

. Falando especificamente sobre este nonagenário de Uberlândia, que passou por vários postos na vida pública com austeridade, probidade e recato próprios dos homens vocacionados para a política, sinto-me confortável em prestar este tributo a antigo adversário de meu velho PSD. Tenho grande respeito por ele e pela firmeza das posições que assume. Como governador muito fez. Como chefe da Casa Civil do presidente Costa e Silva cumpriu zelosamente seu dever. É também uma das vítimas da conspiração do silêncio urdida contra todos que apoiaram o contragolpe democrático de 64 contra o assalto ao poder pelos comunistas. Nada o perturba na serenidade do seu aprumo moral e recolhe hoje os louros dos triunfos que iluminaram sua vida. A sociedade moderna ainda não presta reverência e respeito aos cabelos brancos, aos velhos sábios e àqueles de quem Gregório Maranõn dizia serem “às artérias espessas, as que não se deixam sobressaltar ou sobressaltam o sangue que corre por elas, se devem as idéias matrizes do progresso humano”. Assim é a vida. Como dizia Milton Campos, envelhecer não é triste porque é natural.

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