segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Última flor do lácio - a reforma ortográfica

O fenômeno vem a algum tempo, desde quando os tecnocratas começaram a aportuguesar um sem número de termos originários do inglês. Com o advento da informática, a invasão evidenciou-se e tornou-se avassaladora. É óbvio não se impõe por decreto o uso ou o desuso de termos lingüísticos. Isso é possível com as regras da ortografia, estas também muito abandonadas ultimamente. Lamentavelmente, o desprezo pelo bom uso da língua é mais notável entre aqueles que, por dever de ofício e posição, deveriam ser os primeiros a esmerar-se no seu trato. O mau exemplo prolifera e produz seus efeitos maléficos em meio do povo, este mais susceptível de acolher os barbarismos e os solecismos a infestarem a fala e a escrita dos nossos dias. Vem agora o novo acordo ortográfico para a comunidade lusófona, impor algumas regras rigorosamente dispensáveis para nós brasileiros. A inclusão das letras “k”, “w” e “y” de há muitos já estavam incorporadas ao dia-a-dia. O trema foi derrogado pela ortoépia, isto é, a fonia das palavras em que ele é usado. Os demais itens da reforma, especialmente a questão do hífen, são de total desimportância para os brasileiros, obrigados a pagar com seus impostos a criação de milhares de novos dicionários apenas para contemplar mudanças de nenhuma significação.

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