quarta-feira, 21 de maio de 2008

Dissoluição moral e a agonia da política I

O Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, que toma posse na Academia Mineira de Letras no próximo dia 30 de maio, em substituição a Dom João Rezende Costa, por homilias e textos escritos denuncia que “é incontestável a constatação de que existe uma crise moral contemporânea de grandes proporções, que se confirma quando se verifica a demanda por mais ética em todos os âmbitos da cultura atual”. E segue afirmando que em tal estado de coisas “ocorre uma erosão interior que impede uma vivência digna e nobre da cidadania”. Com a autoridade de sua condição prelatícia e reconhecida cultura humanística e teológica, bem distante de hipotecas ideológicas ou políticas, Dom Walmor lança um brado de advertência às consciências brasileiras para o alto grau de tolerância moral que vem solapando as bases éticas da sociedade brasileira e todo o cortejo de nefastas conseqüências projetadas sobre a atividade política e a seleção de lideranças confiáveis. Aos de minha geração e ainda hoje com presença política, causa estupor e assombro o volume de casos de corrupção a preencher páginas de jornais ou inundar de notícias os meios de comunicação, envolvendo desde pequenas personagens do distante ente municipal até figurões da República

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