quarta-feira, 16 de julho de 2008

A mortandade de bebês no Pará I

Temporão com trapalhão, a rima é pobre. Mas rico em idéias estapafúrdias, especialmente quando padece do incurável cio publicitário, é este servidor do Estado, a pouco de se tornar o campeão da ineficiência administrativa. Campeão brasileiro de má administração entre os ministros da saúde que ocuparam a pasta antes dele, está a corpos de vantagem a ponto de estar na iminência de ser defenestrado do governo Lula. Apenas para recordar, no Ministério da Saúde já passaram homens da envergadura de Mario Pinotti, que acabou com a malária e a doença de Chagas, Jamil Haddad, Saraiva Felipe, entre outros, para não falar de Oswaldo Cruz, o grande cientista brasileiro do início da República. Pois bem. Este ministro trapalhão, que não consegue acabar com o mosquito da dengue, que permite a recorrência da malária e da leishmaniose, doenças tropicais com características endêmicas, depois de pregar abertamente em favor do aborto, que aceita com naturalidade a morte de 232 bebês numa Santa Casa em Belém, beira as raias do paroxismo ao determinar instalação de 400 máquinas de distribuir “camisinhas” nas escolas públicas de ensino fundamental. Estriba-se no argumento de que o Ministério está promovendo uma campanha de educação sexual, mesmo sendo seu ato a indução à prática sexual entre menores e o conseqüente aumento da degradação imperante na sociedade de nossos dias. Não basta o desapreço que o governo tem pela educação da mocidade brasileira, em todos os níveis. Não bastassem as intermináveis filas à porta dos hospitais e casas de saúde, prova provada da ineficiência e do fracasso das políticas governamentais para a saúde, resumidas tão somente em doar ambulâncias para transportar doentes pobres, permite-se o ministro trapalhão incursionar em áreas perigosas para as quais não se mostra preparado e sobre as quais deita falação apenas para dar pasto ao seu furor publicitário, como se estivesse permanentemente num palco iluminado à espera dos aplausos que nunca chegam.

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