sexta-feira, 25 de julho de 2008

Vícios, virtudes, tormentos e agústias III

O mal ideológico penetrando até os ossos das instituições, reduziu-as paulatinamente a um amontoado de escórias, onde se perde o direito dos cidadãos e tornam mais distantes a Justiça e a verdade. Como seria bom e útil se voltássemos à simplicidade dos Hélios Costas no exercício sem vaidades do sagrado ofício de julgar, preocupados tão somente em identificar o verdadeiro direito na busca sofrida da legítima Justiça. Todas estas especulações estão sendo ditadas pelo alto grau de perturbação que a crise institucional brasileira gera no espírito das pessoas. Se decai a confiança da população na Justiça, se se dissolve a certeza de que os órgãos policiais estão destinados à sua segurança, se membros do Poder Legislativo, em seus diversos níveis, permitem-se a desregramentos de conduta, a quem apelar? Poucas vezes em nossa história ter-se-á encontrado a nação em meio a cipoal tão cheio de perigos, numa fase em que as eleições aumentam a crença de que a democracia está revigorada a cada novo dia. Os maus exemplos vêem de cima e se constituem em desestímulo às novas gerações que anseiam por um país livre, democrático e, principalmente, justo.

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