domingo, 21 de dezembro de 2008

Instituições em alto risco II

. Mais chocante ainda foi o episódio que deslustrou a tradição do Tribunal Superior Eleitoral, ocorrido ontem em Brasília, quando dois de seus mais ilustres membros, depois de insólito bate-boca, abandonam o plenário em sinal de protesto e impedem a continuidade da sessão para concluir julgamentos. De certo, causa estranheza partir do mesmo colegiado ordem revogatória de decisão anterior tomada por unanimidade e sujeita a cancelamento diante de medida processual tipicamente protelatória. Enquanto isto, o Senado Federal aprova a criação de mais de sete mil cargos de vereador pelo Brasil afora, medida acintosa em face de anterior do mesmo TSE que os havia cancelado. Toda essa permissividade apenas para dar pasto à demagogia. Mas as enfermidades não constroem morada apenas nos corpos legislativo e no judiciário. Na Bahia e no conforto de hotel de luxo na Costa do Suape, chefes de poder (alguns não podem ser chamados de chefes de Estado) rasgam os tratados internacionais e as regras básicas da boa convivência entre nações para atender a imperativo ideológico e abrir portas no concerto de países democráticos para uma ditadura feroz e sanguinária com a de Cuba. Tudo isto realizado distante do povo e sob a batuta do nosso inefável presidente, cada dia mais popular e longe da realidade.

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