terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A paz nas reflexões natalinas e ano novo II

. Quem permanecer ligado aos meios de comunicação perceberá na totalidade dos entrevistados, indagados sobre a mensagem que enviariam aos semelhantes e o seu mais ardente desejo, responderem a uma só voz, certamente subjugados ante o mistério do menino nascido na manjedoura: a paz. Nesta época do ano, parecem todos movidos pelo desejo de pronunciar a palavra sem artificialismo, brotada do fundo da consciência, reflexo de um desejo incontido e dominador. Mesmo aquelas pessoas articulando pensamentos leves têm sempre a palavra paz como fecho de seu principal anelo. O cientista social há de vislumbrar no fenômeno uma reação quase instintiva à disseminação da violência nas ruas, ao medo que começa a dominar os habitantes das grandes metrópoles submetidas ao império do crime organizado, assustados com a falência da autoridade. Os observadores políticos hão de retirar do episódio conclusões sobre a crescente demanda da população por níveis de qualidade de vida superior, de certa forma representando a superação de dificuldades massacrantes para as pessoas simples.

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