domingo, 29 de novembro de 2009

A decisão do Supremo e a liberdade de imprensa II

Abatem-se sobre ela as mais variadas tentativas de garroteamento, desde a força bruta até os blandiciosos acenos da pecúnia com os quais governos fracos e incompetentes tentam embair a opinião pública. Se as pressões econômicas e financeiras são desfiguradoras do verdadeiro papel da imprensa livre, não menos verdade é que o engajamento político-ideológico da mídia constitui nos dias de hoje espécie de câncer capaz de fragilizá-la até a morte. Nesses estamentos radicais concentra-se o grande perigo a ameaçá-la. Tanto à esquerda quanto à direita montam acampamento os verdadeiros inimigos da verdadeira liberdade de imprensa. Ambos se alimentam de preconceitos, nada mais nada menos de velhos ranços autoritários. Por paradoxal possa parecer, outorgam-se a condição de defensores da liberdade para poder mais facilmente esmagá-la. Não faz parte do cardápio dos tiranetes quando no exercício do poder permitir excesso de liberdade de imprensa, salvo quando ela se transforma em turibulária para o cantochão das louvaminhas.

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