domingo, 18 de outubro de 2009

A desmoralizante infidelidade I

O degradante espetáculo oferecido por partidos e políticos no encerramento do prazo de inscrições eleitorais, vem mais uma vez fazer prova de que vivemos num quadro de aberrante artificialismo político e partidário, onde prevalecem os apetites de poder em detrimento de qualquer sentimento ou valor ético. Para acentuar mais este triste sinal da decadência moral da atividade política no Brasil, continuam irrevogáveis os dispositivos legais, feitos letra morta na execução de manobras para saciar o apetite pantagruélico pelo poder e de vantagens pessoais ou grupais. Além da fundação de novas legendas, lembrança perdida das casas de cômodos dos velhos tratados de prostituição, as filiações de personalidades assíduas nos noticiários de jornais ou televisão mostram a nudez de preceitos e princípios que deveriam ser o fundamento de agremiações que pretendem disputar o poder em nome do povo. Nada disto. Um convescote de compadres em torno do fundo partidário e a criação do pacto de não reclamação da legenda pelo partido abandonado.

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