domingo, 10 de maio de 2009

A cegueira ideológica e a distorção da verdade I

Mais grave do que a cegueira biológica é a cegueira ideológica. Uma impede o homem de ver, a outra o impede de pensar. Lembrei-me dessa reflexão de Octávio Paz a propósito de alguns episódios recentes, modelos perfeitos a quanto de brutalidade conduz a cegueira ideológica. Um deles é o discurso proferido em plenário internacional pelo presidente do Irã, que, por sorte, adiou para as calendas sua constrangedora viagem ao Brasil. O sr. Mahmoud Ahmadinejad representa hoje no mundo o que há de mais retrógrado em matéria de política e religião, mantendo um regime político medieval pela brutalidade contra grupos de sua própria sociedade. Outro caso de cegueira ideológica é a decisão do Egrégio Supremo Tribunal Federal ao dar como definitivamente julgado o caso da Raposa do Sol, eliminando da vida do Estado de Roraima centenas de agricultores altamente produtivos para dar lugar a índios aculturados e que vivem na ociosidade sob o cobertor da Funai, órgão reconhecidamente dominado pela mais canhestra ideologia esquerdista no Brasil, verdadeiros dinossauros políticos. Estes modelos de intolerância política e ideológica permeiam todas as civilizações, em todos os meridianos e paralelos. Estamos perigosamente entrando nestes desvios históricos com tempero ideológico, especialmente pela obscura tentativa de criar sistema de cotas nas escolas em função da cor, desprezando o mérito com que, habitualmente, são construídas as grandes nações.

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