domingo, 31 de maio de 2009

O terceiro mandato e a natureza das coisas II

Não é menos verdade que o presidente Fernando Henrique ousou em demasia ao propor sua reeleição por mais um período, tolerada pelo seu uso disseminado por quase todos os países democráticos, não sem golpear os hábitos e costumes políticos pela desabrida e pouco decente busca de aderentes. Todas as vezes que as instituições são violentadas, não raro geram graves perturbações no organismo político das nações. Em 1964, e dos acontecimentos daquele período já se passaram 45 anos, a tentativa de sublevação institucional com a quebra da disciplina e hierarquia militares, a organização de grupos paramilitares para treinamento e incitação às guerrilhas urbanas e rurais, a pregação aberta do golpe por oradores marxistas e velhos aproveitadores das agitações por eles mesmo organizadas e dirigidas, acabaram por criar condições a que um militar colocasse suas tropas em aberta posição de enfrentamento ao governo, de que resultou o regime militar. Em tudo por tudo semelhante ao que ocorreu na Venezuela, onde um coronel com notória vocação caudilhesca assumiu o poder e se encastelou nele com propósitos de vitaliciedade.

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