domingo, 31 de maio de 2009

O terceiro mandato e a natureza das coisas III

Se no Brasil, a escolha do primeiro presidente militar e sua substituição tivessem seguido o curso institucional natural, estaríamos poupados do longo período de arbítrio e do recrudescimento de ações da guerra revolucionária e sua natural reação. Quando do episódio da doença e afastamento do presidente Costa e Silva, rompeu-se novamente o quadro institucional ao ser impedido o vice-presidente Pedro Aleixo de assumir a presidência e dar sequência ao programa de abertura e consolidação das regras democráticas conduzido pelo presidente que adoeceu. Em discurso proferido no Senado Federal a propósito do incidente, Milton Campos relembra carta do todo poderoso Napoleão Bonaparte a Josefina, em que o Corso confessava: “Tenho um amo sem entranhas – é a natureza das coisas”. Relembro-o neste texto para que caia uma tempestade de bom senso entre aqueles defensores do terceiro mandato, evitando o clima de insegurança e instabilidade jurídica que tanto mal fazem ao país e que costuma criar soluções caprichosas e arbitrárias. Deixem fluir a natureza das coisas

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