quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Deboche
A propaganda do Ministério da Saúde em favor da liberdade sexual pelo uso do condon e o slogan lançado "bom de cama é quem usa camisinha" são um verdadeiro deboche atirado à face dos brasileiros. O Ministro da Saúde é verdadeiramente um "temporão"
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Mau gosto
Ao comparar a inútil reunião ministerial de ontem, dia 23-01, o presidente Lula foi muito além em suas habituais estravagâncias verbais, comparando-a à Santa Ceia. .Ganhou o campeonato mundial do mau gosto e o título de rei dos aloprados.
domingo, 20 de janeiro de 2008
Osvaldo Cruz e Temporão V
Passe pela avenida Alfredo Balena, defronte ao Pronto Socorro, ou pela avenida Francisco Sales, em frente a Santa Casa, para ter a nítida impressão de que regredimos ao início do século XX. São milhares de pessoas vinda do interior, padecendo de todo tipo de enfermidade. Agora, a situação se agrava pela febre amarela e dengue. Por coincidência, a maioria deses infelizes que vêm a Belo Horizonte em busca de socorro, não encontrado onde vivem, são originários de regiões onde as cidades e as vilas não possuem rede de esgoto e água tratada. Isto tudo em pleno século 21.
Osvaldo Cruz e Temporão IV
Dois nomes, duas épocas, duas atitudes. Osvaldo Cruz consagrado pela opinião pública e pela história e Temporão tentando resolver pelo palavrório e o discurso uma tragédia brasileira causada pela desatenção governamental com a saúde, agora pretexto para tentar voltar com o malsinado imposto da CPMF, em boa hora derrubado pelo Senado. E pessoas continuam morrendo de febre amarela e novamente vítimas de epidemia de dengue hemorrágica.
Osvaldo Cruz e Temporão III
Em 1942, no governo Vargas, nova campanha epidemiológica erradicou novamente a febre amarela, agora com a aplicação da vacina fabricada pela Fundação Rockfeller. Estes dados históricos servem apenas para demonstrar que o problema da febre amarela no Brasil hoje está sendo combatido com discursos. Finalmente, o Exército é chamado para, como no passado, formar os batalhões de mata-mosquitos para destruir de vez os focos urbanos da doença. O Ministro Temporão, cujo nome lembra o adjetivo daquilo que vem fora do tempo, volta à imprensa (O Tempo, ed. 18-01-2008) para dizer que as mortes causadas pela febre amarela vão aumentar, ao mesmo tempo em que pela televisão diz que não há surto epidêmico da moléstia.
Osvaldo Cruz e Temporão II
Osvaldo Cruz foi chamado pelo governo para extinguir um surto de peste bubônica na cidade paulista de Santos. Conhecedor dos problemas sanitários que flagelavam as populações das grandes cidades daquele tempo, eliminou os vetores da peste, os ratos, e debelou a crise. Sua fama ganhou tal consistência que o presidente Rodrigues Alves convocou-o para combater a febre amarela que devastava o Rio de Janeiro e outras cidades brasileiras. Naquele tempo não havia a vacina imunizadora contra o vírus, que só veio a ter sua fórmula final encontrada depois de muitos experimentos de grandes cientistas no ano de 1927. O que fez então o grande médico brasileiro para ter êxito na missão, que o consagrou perante o mundo? Iniciou a guerra contra o transmissor da doença, iniciou a melhoria sanitária do Rio de Janeiro enquanto um decreto do presidente Rodrigues Alves estabelecia a obrigatoriedade da vacina contra a varíola, uma das mazelas daquele tempo.
Osvaldo Cruz e Temporão I
Dois nomes, duas épocas, dois tempos, um só problema e diferentes soluções. Estou falando de Osvaldo Cruz e José Gomes Temporão. O primeiro, notável cientista, morto aos 44 anos, responsável pela erradicação de endemias que infestavam a vida dos brasileiros no final do século 19 e início do século 20. O segundo, um bom sanitarista luso-brasileiro, colocado no Ministério da Saúde por pressão do governador da Guanabara, contaminado pela doença do palavrório que atinge o governo federal como um todo e, dest’arte, com a credibilidade arranhada.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
O protesto de Aécio Neves
Andou bem o governador Aécio Neves em estranhar o investimento de 1 bilhão de reais nas obras de infra-estrutura em Cuba, prometido pelo presidente Lula, enquanto as estradas federais em Minas continuam matando cada vez mais brasileiros em razão do seu péssimo estado de conservação. Parabéns ao governador
Generosidade estranha
Enquanto as estradas brasileiras continuam matando mais gente do que a batalha do Iraque, enquanto a rodovia BR 367, interrompida na cidade de Minas Novas, está completando seus quase 20 anos de iniciada, reclamada pela população que deseja vê-la até a cidade de Salto da Divisa, o presidente da República investe um bilhão de reais nas obras de infra-estrutura em Cuba. Só se for com o objetivo de melhorar o trajeto para o futuro mausoléu do ditador cubano.
Uma morte sentida
O falecimento do ex-deputado José Bonifácio, conhecido como ZéBodeco, causou grande tristeza. Além de sua capacidade de fazer amigos e ser leal a eles, sua fidelidade a Barbacena foi exemplar. O clã dos Andradas fica privado de um gande valor
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Lula e a Revolução cubana
O presidente Lula disse em Havana ser apaixonado pela revolução cubana. Não colocou a adversativa em sua oração, deixando obscura a circunstância se sua paixão absolvia o regime cubano pelo assassinato de milhares de habitantes daquela ilha. Como democrata, era indispensável colocar a exceção.
Capanema, José Monteiro e os Democratas
José Monteiro de Castro, da antiga UDN, dizia que "não se deve dar as mãos ao adversário por cima da trincheira de luta". Gustavo Capanema, do antigo PSD, dizia que "o papel da oposição é criar dificuldades para o governo". Os Democratas parecem haver aprendido as lições dos dois luminares da política mineira. Ontem ingressaram no Supremo com uma Adin, alegando inconstitucionalidade do empréstimo do tesouro ao BNDES de 12 bilhões de reais. É assim que deve agir a oposição. Se encontrar dúvidas ou ilegalidades em atos do governo, sua obrigação é contestar e não coonestar.
domingo, 13 de janeiro de 2008
Episódios em um país sério
Porque os Estados Unidos são fortes, poderosos e exercem liderança mundial? Simplesmente pelo seu reverencial respeito às leis e às instituições. A notável corredora Marion Jones, recordista mundial em velocidade, foi parar na cadeia por usar dopping nas Olimpíadas e noutras competições. Lá é assim: transgrediu a lei, a pena virá inflexivelmente. Quem sabe, um dia chegaremos a este ponto!
Uma bela entrevista
O ex-presidente Fernando Henrique deu substanciosa entrevista ao jornal Estado de São Paulo, edição de hoje, domingo, dia 13 de janeiro. Vale a pena lê-la. FHC põe em evidência seu inegável preparo intelectual e político e descortina interessantes caminhos para o entendimento do Brasil de hoje. Disse algumas verdades, ocultou certas informações sobre o passado, mas, de resto, redesenhou seu perfil político com tintas modernas e capazes de angariar para ele grande simpatia.
A selva dos guerrilheiros chantagistas
Um advogado chamado Gustavo Muñoz, diretor da Fundação Nova Esperança, embrenhou-se nas selvas colombianas em busca do corpo de seis reféns mortos pela guerrilha. Não eram reféns políticos, assim classificados para distingui-los dos chamados reféns econômicos, os sequestrados para servirem à chantagem do resgate. Trata-se de algo inacreditável. Os reféns abastecem parentes e amigos por vários dias com provas de que estão vivos. Quando as Farcs recebem o preço do resgate, são impiedosamente assassinatos. Foi por informações de um guerrilheiro desertor que o advogado encontrou a cova rasa em que estavam enterrados os seis reféns. E o Chavez quer que estes delinquentes sejam tratados como exército regular em luta pelos seus princípios bolivarianos
sábado, 12 de janeiro de 2008
O Fanfarrão da Venezuela e as favelas cariocas
O fanfarrão venezuelano afirmou que os guerrilheiros narco-traficantes da FARC, assassinos e sequestradores, são inocentes insurgentes e rebeldes políticos, que querem ter status político e uma área desmilitarizada para que possam sediar seu poder, a ser reconhecido pela Venezuela e comunidade internacional. A qualquer momento, poderá surgir aqui no Brasil um aloprado propondo reconhecimento aos comandos de traficantes enquistados nas favelas cariocas, a prevalecer o argumento do rei das bravatas da Venezuela de que também são grupo insurgente, contrário à ordem estabelecida. Podem esperar que a coisa vai ficar quente.
Mentira organizada IV
Quando se deve escrever sobre coisas públicas, aprecio muito buscar em Rui Barbosa palavras em que ele se sublimou quando em suas campanhas pela pureza do sistema político brasileiro. Na campanha presidencial de 1919, disse ele num memorável discurso que pior do que o ladrão é o mentiroso, segundo ele “o mais vil dos tarados morais. O mentiroso prostitui com a mentira a própria boca, a palavra e a consciência, agride a honra e a liberdade. Flagelo universal, a mentira acossa os pobres na sua indigência, carregando-lhes sobre o peso das necessidades as amarguras da vida”. O Brasil está se transformando no reino da mentira e paraíso dos mentirosos.(textos I a IV extraídos do artigo publicado hoje, dia 12-01-08 no jornal O Tempo)
Mentira organizada III
Pior de tudo é que este espetáculo de embuste institucionalizado resulta em graves danos para o povo em geral e agride os valores fundamentais da cultura em que fomos criados. É o engano em seus diferentes aspectos: nocivo ao ser humano e ofensa grave diante de Deus. O diabo é o pai da mentira, diz o evangelista João (8,44) e, portanto, a mentira é um instrumento diabólico que o homem usa para sua própria perdição.
Mentira organizada II
A cada novo dia é a nação surpreendida pelo descumprimento de compromissos por parte do governo federal. Pelos governos, em geral. Se um titular de ministério ou até mesmo o próprio presidente anunciarem uma medida, tudo acontece ao contrário do propalado. Quando as coisas se processam no âmbito das promessas políticas, esta forma de agir é até tolerada pela população, de resto já anestesiada com a repetição desavergonhada de tanto embuste e mistificação. Se as palavras proferidas têm repercussões mais profundas na vida do povo, as reações começam a tomar proporções que devem estar preocupando o governo. Quando o Senado Federal pos a pique a CPMF, um imposto que atingia mais fortemente a população de baixa renda, o presidente da República imediatamente, pelo rádio e a televisão, anunciou seu repúdio a qualquer aumento de impostos e sua eloqüente rejeição a qualquer pacote, para ele um verdadeiro palavrão, afirmando com a empáfia característica que não autorizaria aumentos de tributos. E não ficou somente nisto. Mandou seu Ministro da Fazenda calar a boca, quando este anunciou aumento da carga tributária para compensar o fim da receita derivada da CPMF
Mentira organizada I
Atingimos no Brasil a mais aviltada forma de administrar, pelo embuste, a mentira, a infidelidade e a traição. Assusta um pouco a ausência de reação mais viril a este estado de coisas, em que a prevalência da mentira fatalmente conduzirá a população a entender ser esta a forma de vida e de ação consentânea com o verdadeiro barbarismo que estamos vivendo.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Embusteiros
O Brasil está sendo vítima de um magote de embusteiros. E tudo feito às claras, sem a menor reação por parte da opinião pública. No caso recente, o embuste governamental atingiu o limite do intolerável em matéria de desrespeito aos brasileiros. Após proclamar por várias formas que não aumentaria impostos ou editaria pacotes, o Presidente se esqueceu do que disse ou, segundo o Ministro Mantega (o rei do cinismo), disse que não aumentaria impostos no ano de 2007.
Nunca neste país, para usar o bordão presidencial, um governo mentiu tanto
Nunca neste país, para usar o bordão presidencial, um governo mentiu tanto
Campeonato mundial
Que o Brasil é o campeão mundial de carga tributária, todos já sabem. O que ainda não foi devidamente exposto à opinião pública é que o Brasil acaba de ganhar outro campeonato mundial: o de governantes sem palavra.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
A carta de Itamar Franco
Encontrei outro dia o ex-presidente Itamar Franco, com quem mantenho as melhores relações desde os tempos do Senado, inconformado com a falta de memória do país e reprovando a atitude dos tucanos que, em seu programa eleitoral gratuito, alegaram ter sido eles os autores do Plano Real e da lei quer criou os medicamentos genéricos. Enviou uma carta ao presidente do TSE, reclamando do abuso cometido contra a lei que regula a publicidade eleitoral e se sentiu injustamente agravado e arranhado em sua imagem. Quem criou o Plano Real foi Itamar e o editou quando era ministro da Fazenda o sr. Rubens Ricupero. FHC certamente participou, quando ministro, de sua elaboração, mas quando Itamar o editou, FHC já estava em campanha para presidente. A lei dos genéricos foi criada por sugestão do senador Jamil Haddad, do Rio de Janeiro, idéia trazida da Câmara e refundida pelo senador e lançada por Itamar. Agora, desmemoriados todos, estão a dizer que tudo no Brasil começou com FHC e Lula. Os que estes dois fizeram foi, com visível demonstração de bom senso, prosseguir com a lei e o plano, hoje responsáveis pelo conceito de um e a popularidade do outro. "Suum cuique tribuere", dizia o princípio do velho Direito Romano. Em minha opinião, Itamar deveria requerer seu legítimo direito de resposta junto ao TSE.
Heloisa Helena chama José Dirceu de ladrão
A política brasileira desceu aos infernos. O linguajar de homens e mulheres que ocuparam posições de relevo na política e administração, indica estarmos num irremediável e incontornável plano moral inclinado. As declarações publicadas por uma certa revista "Piaui", atribuídas ao senhor José Dirceu, são de tal gravidade que coloca o seu partido, o PT, moralmente desnudo perante a opinião pública. Denuncia o uso abundante e livre do "caixa dois" sob o comando do famoso Delúbio Soares, de quem continua íntimo amigo. Acusa a ex-senadora Heloisa Helena e merece dela dura resposta. Chama-o de "ladrão dos cofres públicos" "machista e canalha", "rato covarde" "homem público medíocre e ladrão", em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, ameaçando-o de processo judicial. A que tipo de gente estão entregues os destinos do nosso amado Brasil.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
A volta dos aloprados
O termo "aloprado" foi reinserido no noticiário da imprensa pelo Presidente Lula, ao adjetivar seus companheiros do PT que tentaram comprar um dossiê fraudulento para atingir o candidato José Serra. Daí para frente, outros de seus ilustres companheiros e membros do governo mereceram o epíteto. Agora, o ganhador da palma é o sr. Paulo Vanucchi, ministro-chefe da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, que além de aloprado mostrou-se inteiramente desajuizado com sua proposta maluca de revogar a lei de anistia. Como sua insanidade não foi levada a sério, pretende agora convocar militares para depor sobre o pedido da justiça italiana para incriminar brasileiros. O estranho em tudo isto é que os delitos de que são acusados os militares não prescrevem nunca. Ao contrário, os delitos de sequestro, assalto a mão armada, assassinato praticados por muitos senhores ilustres que hoje fazem parte do governo, foram olvidados e bem remunerados com milionárias pensões pagas pelos cidadãos brasileiros. Seria o caso, se o cidadão aloprado não fosse desimportante, de perguntar-lhe como ele faria a fim de convocar seus companheiros de governo para deporem e restituir a volumosa indenização recebida. Provavelmente, também ele.
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