domingo, 6 de junho de 2010

Império da mistificação e do embuste I

Acaba sendo verdadeira tortura para o cronista a existência de feriado no meio da semana. O editor pede antecipação de textos e o escriba se vê obrigado a ciscar jornais e revistas na procura de veio farturoso que o tire do aperto. De repente, noves fora os assuntos políticos nacionais, somos tragados pela condenação mundial ao ataque-defesa que Israel praticou contra seus interesses mais imediatos, impedindo a entrada de bandoleiros ativistas ligados aos terroristas do Hamas em suas águas territoriais. O mundo inteiro foi sacudido pelos protestos contra a “barbárie” praticado pelos judeus. Entre os protestantes com assento no Conselho de Segurança da ONU estavam os mais sórdidos e cruéis ditadores existentes hoje no mundo, recebidos com aplausos ao proferirem o voto. Pessoalmente, considero o povo judeu um dos mais bem aquinhoados da face da terra. Rápido levantamento deu-me conta de mais de 30% por cento dos premiados com o Prêmio Nobel durante toda a história deste galardão, são judeus, nascidos em Israel ou vivendo em outros países, o que dá ao povo habitante da Terra Santa supremacia mundial em áreas do conhecimento

Império da mistificação e do embuste II

. Pela mesma forma, a nação norte-americana, contra a qual levantam-se os esquerdistas brasileiros babando de inveja da força e do poderio daquele grande país, oferece ao mundo toda semana não somente seus ganhadores de prêmios internacionais, mas também uma infinidade de conquistas em matéria de pesquisa no combate às doenças que afligem a humanidade, a exemplo da vacina capaz de detectar a presença de bactéria causadora do câncer do pulmão em prazo suficiente para seu combate eficaz. Enquanto fazemos coro com os protestos contra Israel, divulgamos os números do PAC, programa político do partido do governo, para demonstrar sua absoluta incompetência no exercício de sua missão principal que é governar com zelo pelo dinheiro público, com publicidade e transparência. Isto sem falar na obrigação de plena legalidade.

Império da mistificação e do embuste III

Ora direis, as leis somente servem para atrapalhar, parecem agir os homens do PT e os sindicalistas que estão no governo. Cumprem religiosamente seu projeto de desrespeita-las, papel no qual se investe como grande líder o próprio presidente da República, que tendo perdido toda a cerimônia não apenas pratica ilegalidades, faz questão de anuncia-las até com antecipação. Há algo grave e ainda oculto para a opinião publica. Tem sido repetitiva a distribuição dos chamados cadernos para o ensino fundamental com propaganda política e sexual, atingindo as camadas mais tenras da juventude brasileira. Agora o governo, com o dinheiro dos impostos, imprime revista de caráter publicitário, distribuindo-a para todo o Brasil com as mais deslavadas mentiras a respeito do que acontece no país.

Império da mistificação e do embuste IV

Vivemos um tempo de deboche e gabolice. A sensibilidade moral da opinião publica está anestesiada. Sindicatos descumprem a lei sob a batuta presidencial. Tribunais se acoelham ante a arrogância do poder. Jornais e formadores de opinião subjugados pela bulha infernal dos áulicos. É o caos. Podem parecer exageradas ou pessimistas essas observações. Analisem comigo o fato novo ocorrido nesse final de semana: o Tribunal Superior Eleitoral multou pela quinta vez consecutiva o presidente da República por fazer campanha política irregular em favor de sua candidata. Da punição, o presidente voador faz pilheria e dela debocha . Que exemplo está dando à mocidade do país, descumprindo a lei e caricaturando os tribunais, acoelhados diante da volumosa publicidade em torno do presidente, transformando em verdadeira divindade nos meios de comunicação. Tudo isto sem a prova cabal do povo, pois ninguém sabe de onde provêem os números destas pesquisas, geradas nos fornos dos jornais altamente privilegiados pelas verbas governamentais. Ainda bem. O fim está próximo com a chegada das eleições e a necessária mudança dos comandos governamentais.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O país real e o país oficial II

Em crônica datada do ano de 1860, Machado de Assis escreveu: “o país real, esse é bom, revela os melhores instintos, mas o país oficial, este é caricato e burlesco”. Será que as coisas mudaram ou o estigma lançado pelo grande escritor brasileiro terá ainda validade? É possível assistirem carradas de razão a quem afirmar que tudo continua igual e que essa diferença entre o Brasil real, da população ordeira e trabalhadora, dos pais e mães de família lutando pela sobrevivência para educação dos filhos, dos militares cumprindo seus deveres funcionais nos quartéis, existirem enormes e inultrapassáveis obstáculos criados pelo desgoverno e a falta de compostura a nos jogar no caricato e no burlesco. Os episódios da intervenção atabalhoada da diplomacia brasileira no Oriente Médio e no Irã, despertaram o mundo para identificar a verdadeira face do poder brasileiro, expresso na incontestável afirmação do jornalista Moisés Naim, ex-diretor da importante revista Foreing Policy, de que “o Brasil é um gigante político, mas um anão moral”.

O país real e o país oficial II

Tudo pela circunstância de haver-se posicionado ao lado de ditadores sem escrúpulos, em especial o representante da teocracia tirânica e assassina do Irã. Sobre esse pacto firmado com o ditador iraniano, jornais de todo o mundo exprobaram o comportamento do governo brasileiro, infelizmente já acostumado a beijar a mão de tiranos espalhados pela África e Ásia. Thomas L. Friedman, acatado analista político do jornal New York Times, escreveu em sua coluna que nada é mais feio que ver democratas traindo outros democratas em benefício de um bandido iraniano que nega o Holocausto e roubou votos, simplesmente para desafiar os Estados Unidos e mostrar que são capazes de jogar na mesa dos poderosos. Em verdade, a Lula interessava muito menos a posição inarredável do Irã em caminhar com seu programa nuclear em direção à bomba atômica.

O país real e o país oficial II

Tudo pela circunstância de haver-se posicionado ao lado de ditadores sem escrúpulos, em especial o representante da teocracia tirânica e assassina do Irã. Sobre esse pacto firmado com o ditador iraniano, jornais de todo o mundo exprobaram o comportamento do governo brasileiro, infelizmente já acostumado a beijar a mão de tiranos espalhados pela África e Ásia. Thomas L. Friedman, acatado analista político do jornal New York Times, escreveu em sua coluna que nada é mais feio que ver democratas traindo outros democratas em benefício de um bandido iraniano que nega o Holocausto e roubou votos, simplesmente para desafiar os Estados Unidos e mostrar que são capazes de jogar na mesa dos poderosos. Em verdade, a Lula interessava muito menos a posição inarredável do Irã em caminhar com seu programa nuclear em direção à bomba atômica.

O país real e o país oficial III

O que para ele era importante era, como inegável comunicador e animador de auditórios, apresentar-se como candidato brasileiro a um lugar no Conselho de Segurança da ONU ou buscar assentar-se naquele importante plenário como Secretário Geral da organização. Deu com os burros n’água, encontrando por parte de comunidade internacional o repúdio a uma manobra que permitiu ao Irã ganhar tempo no jogo que pretende conduzir a nação persa a obter controle de explosivo nuclear. O governo anda batendo cabeça para ver se encontra explicações para o monumental fracasso diplomático, que, de tão retumbante, até a propaganda oficial está dele se afastando lentamente, não tão rápido que pareça derrota, nem tão vagaroso que signifique prêmio à incompetência. Para completar este quadro triste e indecoroso da diplomacia, esmeram-se porta-vozes em defender o cocaleiro boliviano do ataque feito pelo ex-governador José Serra de que a Bolívia exporta cerca de 90 por cento da cocaína consumida pela juventude brasileira, o que configura, na prática, crime hediondo

O país real e o país oficial IV

. O Brasil oficial continua caricato e burlesco. O que causa incômodo aos observadores da história diplomática do Brasil é o fato de que, jamais, em tempo algum, ela serviu a interesses dogmáticos ou ideológicos. Sua meta principal era o interesse do país, consubstanciado nos acordos culturais, comerciais ou estratégicos, sempre postulando ganhos que situassem o Brasil em posição de respeitabilidade perante a comunidade internacional. Nesses últimos anos, lamentavelmente, tudo obedece a comandos de natureza política, misturando posições partidárias com ações internacionais em busca do reconhecimento dos estamentos esquerdistas mundiais, quase nunca representativos dos verdadeiros e superiores interesses nacionais. Pior de tudo, é o desrespeito à memória do Barão do Rio Branco e de outros varões que honraram o Ministério das Relações Exteriores.