sexta-feira, 4 de junho de 2010
O país real e o país oficial III
O que para ele era importante era, como inegável comunicador e animador de auditórios, apresentar-se como candidato brasileiro a um lugar no Conselho de Segurança da ONU ou buscar assentar-se naquele importante plenário como Secretário Geral da organização. Deu com os burros n’água, encontrando por parte de comunidade internacional o repúdio a uma manobra que permitiu ao Irã ganhar tempo no jogo que pretende conduzir a nação persa a obter controle de explosivo nuclear. O governo anda batendo cabeça para ver se encontra explicações para o monumental fracasso diplomático, que, de tão retumbante, até a propaganda oficial está dele se afastando lentamente, não tão rápido que pareça derrota, nem tão vagaroso que signifique prêmio à incompetência. Para completar este quadro triste e indecoroso da diplomacia, esmeram-se porta-vozes em defender o cocaleiro boliviano do ataque feito pelo ex-governador José Serra de que a Bolívia exporta cerca de 90 por cento da cocaína consumida pela juventude brasileira, o que configura, na prática, crime hediondo
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