sexta-feira, 4 de junho de 2010

O país real e o país oficial II

Em crônica datada do ano de 1860, Machado de Assis escreveu: “o país real, esse é bom, revela os melhores instintos, mas o país oficial, este é caricato e burlesco”. Será que as coisas mudaram ou o estigma lançado pelo grande escritor brasileiro terá ainda validade? É possível assistirem carradas de razão a quem afirmar que tudo continua igual e que essa diferença entre o Brasil real, da população ordeira e trabalhadora, dos pais e mães de família lutando pela sobrevivência para educação dos filhos, dos militares cumprindo seus deveres funcionais nos quartéis, existirem enormes e inultrapassáveis obstáculos criados pelo desgoverno e a falta de compostura a nos jogar no caricato e no burlesco. Os episódios da intervenção atabalhoada da diplomacia brasileira no Oriente Médio e no Irã, despertaram o mundo para identificar a verdadeira face do poder brasileiro, expresso na incontestável afirmação do jornalista Moisés Naim, ex-diretor da importante revista Foreing Policy, de que “o Brasil é um gigante político, mas um anão moral”.

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