segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
A crueldade das dúvidas insanáveis I
O jogo em geral e o jogo do bicho em particular estão profundamente entranhados na alma nacional. Gilberto Freire definia como “espírito de salvação pelo acaso”. Machado de Assis tem um conto chamado O jogo do Bicho, publicado no volume Relíquias da Casa Velha, onde ele narra a obsessão de Camilo em busca do número do bicho em que depositava suas esperanças. Um dia ele acertou e o dinheiro ganho na loteria dos pobres daquele tempo e de hoje deu-lhe muitas alegrias, especialmente por comprovar que há alguma possibilidade de ter a sorte sorrindo ao seu lado neste jogo de 25 números e algumas combinações. Recordei o conto machadiano porque me lembrei de uma previsão do matemático Oswald de Souza de que é mais fácil uma pedra desprender-se da lua e cair em sua cabeça do que você conseguir acertar na loteria da mega-sena, algo assim como uma chance em 200 milhões delas. Como faço minha fezinha mínima na quarta e no sábado, fiquei intrigado com algumas coincidências que vou relatar e deixar ao leitor o julgamento ou a cruel dúvida insanável em sua cabeça. Estou usando o adjetivo insanável por haver o deputado castelão Edmar Moreira popularizado a palavra. Deus me livre de fazer juízos antecipados ou pré-julgamentos afoitos.
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