segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Última flor do lácio - a reforma ortográfica III
. Dizem seus defensores que a comunidade lusófona precisa unificar a língua. A comunidade tem 170 milhões de brasileiros, 10 milhões de portugueses e gatos pingados nas antigas colônias portuguesas na África e na Ásia. A outra dificuldade são as despesas com a mudança dos computadores, atualmente com sistema de correção que necessitará de revisões. Enfim, uma reforma ortográfica absolutamente dispensável quanto à escrita, pois quanto à sonoridade há muito nos distanciamos dos irmãos portugueses. Quando veio a Belo Horizonte o mais conspícuo especialista em ortografia no Brasil, o professor e acadêmico Evanildo Bechara, em palestra na Academia Mineira de Letras discorreu amplamente sobre as vantagens do novo acordo ortográfico, sem sonegar as dificuldades que surgirão à sua aplicação. O que existe atualmente de mais complicado é a substituição das velhas máquinas de escrever pelos computadores. Estes já veem (retirei o acento conforme o novo acordo) com os programas de correção automática, com base no velho e maltratado acordo. Tudo isso custa dinheiro e perda de tempo, especialmente para os governos, obrigados a imprimir milhões de novos dicionários para contemplar as novas regras. Afinal, em meio à gastança governamental generalizada, ninguém reparará.
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