quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Dilma e Jânio Quadros - contrastes e confrontos I

Foi o poeta inglês John Milton quem proclamou ser “o prestígio da beleza maior que o da verdade”, mesmo contrariando filósofos, para quem a verdade suprema não o seria senão pela beleza que contém. Há a minha verdade, a sua verdade e a verdade dele. Qual a legítima e qual encerra maior beleza. Já o povo, em sua imensa sabedoria, diz que “beleza não põe mesa”. Tudo nos seus devidos termos, especialmente para quem deseja cronicar em torno da cirurgia plástica feita pela ministra Dilma Roussef, também adjetivada como “a poderosa”, com a notificação prévia de que a blefaroplastia (tirar a bolsa de gordura dos olhos), a aplicação de botox ou redução de peles efetuadas nela tem objetivos políticos, isto é, prepará-la como candidata à presidência. Quem assim pensa, deseja provar que beleza ajuda a ganhar eleições. Não seria então mais fácil convocar Luma de Oliveira, Natália Guimarães (Miss Minas Gerais), Juliana Paes e outras beldades para disputá-las? Estas observações, insistentemente festejadas pela imprensa semi-oficial, vieram-me à mente ao recordar a figura exótica de Jânio Quadros, com seus cabelos desgrenhados, seu estrabismo divergente, seu casaco repleto de caspas ali colocadas a propósito, compondo um tipo físico muito distante da elegância de Juscelino ou do aprumo do marechal Lott, seu adversário nas eleições. Um Vulcano moderno.

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