quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Dilma e Jânio Quadros - contrastes e confrontos II

Se O grotesco do tipo produzido por Jânio ganhou adeptos por todo o Brasil, adotado por candidatos a governador, prefeito, vereador e quejandos. Dentro do conceito modernamente adotado pelos experts em marketing, Jânio jamais poderia ser eleito, mesmo naquele tempo em que Martha Rocha perdia o título de Miss Universo pelos dois centímetros a mais em sua cintura. Eleito presidente, Jânio não se desfez do tipo cuidadosamente montado para servir de base à sua carreira política. Continuou o mesmo, permitindo aos fotógrafos o flagrante famoso do chefe de governo com seus dois pés em posição ambígua, aumentando a curiosidade com seus chavões gramaticais estranhos, o uso de mesóclises a qualquer pretexto, enfim, tudo concorria para que ele não tivesse a menor chance de vencer as eleições. Mas você que tem boa memória e me estiver lendo, poderá se lembrar de que ele tinha ao seu lado Carlos Lacerda, homem de belo tipo físico, voz de baixo-cantante bem impostada, orador fluente e admirável, que terá contrabalançado a feiúra do antigo governador e prefeito de São Paulo. Não abalarei sua convicção de que beleza põe mesa. Agora vamos testar se beleza ganhará eleições. Tudo o que vem revestido pelo manto dos deuses da formosura tem a vantagem de sair à frente, mesmo a beleza retirada das mãos famosas de Ivo Pitangui ou de qualquer dos seus epígonos.

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