terça-feira, 15 de setembro de 2009
O submarino francês nas águas do Jequitinhonha I
Não resisti. Volto ao velho tema, depois de ouvir pela televisão a fala roufenha do presidente, carregada da mais deslavada demagogia e mistificação, para incutir no povo a falsa ideia de salvação através de projeto, do qual sequer tem o mínimo conhecimento. Em matéria de desrespeito à população jamais vi ou ouvi coisa igual. O governo colocou em ação a poderosa máquina de propaganda oficial para empulhar a opinião pública, com frases e slogans preparados para dar a impressão de que o país estárá salvo. Para completar esta tragédia que se abate sobre o Brasil e que, desgraçadamente, pode não ter solução próxima, lança programa de reaparelhamento militar ao custo de 41 bilhões de reais, comprando submarinos, aviões e armas sofisticadas para combater inimigos imaginários e defender da cobiça internacional reservas de petróleo ocultas no fundo do mar e a região amazônica. Inimigos imaginários, sem rosto visível. E o acanhado soldo dos militares encarregados da defesa da pátria? O Brasil conhece sobejamente seus verdadeiros inimigos, os internos, representados pelo aparelhamento do Estado por partidos políticos e sindicatos, a corrupção em escala amazônica sugando os recursos arrecadados pela maior carga tributária do mundo. Estes conhecidos adversários do Brasil não são combatidos com aviões de caça ou submarinos. O combate contra eles deverá ser travado nas ruas, nos tribunais, na imprensa e, sobretudo, nas urnas de 2010, instrumento capaz de varrer da atividade política este magote de gatunos e dilapidadores de recursos públicos.
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