As declarações do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, estabelecendo relação de causa e efeito entre violência e índice de natalidade, com a infeliz sugestão subliminar de que o aborto seria a solução para inibir o processo, serve de exemplo para quantos participam da atividade política. Tanto quanto os peixes, políticos morrem pela boca. O vitorioso governador carioca foi vítima de uma doença que acomete os noviços e os imprudentes: o furor publicitário. Ficam magnetizados diante de câmeras de televisão ou gravadores e vão falando o que lhes vem na cabeça. Resultado: no dia seguinte, a correria dos desmentidos e das tentativas de explicações. Nestes momentos, tomem como modelo os velhos políticos mineiros, que jamais perdiam o amigo ou a oportunidade em troca de uma declaração. Foi daí que Magalhães Pionto tirou o slogan que ficou célebre: Minas trabalha em silêncio. Basta acompanhar o governador Aécio Neves, onde a prudência assentou barraca.
terça-feira, 6 de novembro de 2007
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