terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Conselho de Augusto Meyer

Na contra-capa do livro "Auguysto Meyer, ensaios escolhidos:
"No meu obscuro entendimento, aprender a escrever é aprender a escolher, cheirar, pesar, medir, sacudir antes de usar, apalpar, comparar e afinal rejeitar muito mais que adotar linguarudas famílias de palavras, que atravancam a memória e impedem que a gente se ouça um pouco, nos raros momentos de diálogo e murmúrio subjetivo. Para mim, o escritor é uma espécie de jejuador perpétuo: condenado a transformar toda a exuberância da vida em dois ou três compassos da sua música interior, inatingível na essência mais profunda, jejua à mesa posta dos seus desejos, castigando com cilício as lúxurias do verbo".
Lembrei-me desta citação depois de ler uma petição assinada por jovem advogado, que começa com uma palavra que jamais havia encontrado em minhas leituras.

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