domingo, 13 de abril de 2008

O RETORNO DO PELEGUISMO I

A denominada República Sindicalista, que povoou os sonhos de poder de Leonel Brizola, parece estar definitivamente instalada no governo Lula, com adornos e badulaques jamais imaginados pelo caudilho riograndense. Era o devaneio do caudilho gaúcho. As notícias de que o PT favoreceu a entrada de sindicalistas nos principais postos do governo, ladeado pelos seus assemelhados PC do B, PDT, PSB, PPS, em proporção menor que a sua, mostra bem a força que tal esquema adquiriu. Cerca de 45 por cento dos cargos de alto comando dentro do governo estão nas mãos de sindicalistas. Poder-se-á falar na volta do peleguismo, aquela doença nascida no Governo Vargas e que se espalhou endemicamente pelo Brasil, agora apresentando sinais de revigoramento. Nascido no Brasil durante o Estado Novo, regime que perpassou os anos de 1930 a 1945, o peleguismo era parte da política nacionalista de Vargas para manter sob pressão empresas e grupamentos pouco sensíveis às reivindicações dos trabalhadores. Foi criada a figura do “pelego”, dirigente de sindicato cuja missão era apresentar ao governo medidas em favor dos operários, devidamente sensibilizados para entrarem em clima de greve caso não fossem atendidas. Surgiu daí o termo peleguismo, hoje revigorado no Governo Lula, ele mesmo um sindicalista preparado pelo General Golbery para facilitar a desmobilização do governo militar e seu retorno à democracia “gradual e segura”, como apreciava dizer o Presidente Geisel

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