terça-feira, 3 de junho de 2008
O verdadeiro Plano Real I
Na Câmara dos Deputados havia uma servidora que conhecia todos os segredos de funcionamento da instituição. Viera do Rio de Janeiro com a transferência da capital para Brasília. Era inexcedível nas atenções para com os deputados. Nordestina, com sotaque característico que mais acentuava sua simpatia, não era nem muito bonita nem muito feia. Seu corpo era atraente. O que mais contribuía para seu imenso prestígio parlamentar era o desdobrar-se para servir a todos no plenário, nas comissões, resolvendo dúvidas dos neófitos, enfim, uma espécie de pronto-socorro legislativo. Certo dia, nossa heroína apareceu grávida. Continuava lépida, ligeira, prestativa e sempre pronta a responder a inevitável pergunta sobre quem era o pai do nascituro. Com um sorriso malicioso no rosto tinha na ponta da língua a resposta: o plenário. Lembrei-me desse episódio a propósito da outorga pelos deputados da Assembléia Legislativa do Estado do Rio da comenda “Pedro Ernesto” aos economistas, em sua opinião, autores do Plano Real. Esqueceram de convidar o presidente Itamar Franco, gesto de descortesia comparável ao equívoco histórico cometido. Sempre foi disputa acirrada entre economistas e FHC sobre a paternidade do Plano Real, que o ex-presidente presidente timbra em atribuir a ele, então Ministro da Fazenda do governo Itamar Franco. O verdadeiro pai do Plano Real foi o Presidente Itamar Franco
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