sexta-feira, 25 de julho de 2008
Vícios, virtudes, tormentos e angústias II
Os de minha geração, que se acostumaram a encontrar pelos perdidos grotões juízes e promotores deste padrão de dignidade funcional, estão perplexos com os acontecimentos identificadores da perda total dos controles a que estão obrigados quantos exercem função pública, especialmente aqueles pertencentes à magistratura, ao executivo ou ao Ministério Público. O cúmulo desta distorção, iniciada com a mal posta discussão entre o Presidente do STF e o Ministro da Justiça, teve seu ápice na audiência concedida pelo Presidente da República aos dois litigantes verbais, demonstração definitiva da grave enfermidade de que padece a República, vivendo os estertores de uma ética que se esfacela em seus diversos escalões. Bons e maus não se misturam, nem o vício e a virtude se igualam. Santo Agostinho filosofa ainda para dizer quer “remexidos de igual maneira, o lodo exala horrível mau cheiro, o ungüento, suave perfume”, conceito que não se pode aplicar no Brasil dada a desproporção entre o volume do lodo e a pouca quantidade do bom ungüento.
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