domingo, 15 de novembro de 2009

Milton Campos e a intelorância na Universidade II

Discursando como paraninfo dos formandos da Faculdade de Filosofia de Minas Gerais em junho de 1953, o inesquecível estadista mineiro já assinalava o verdadeiro papel da universidade ao sentenciar que “ela não pode separar-se da civitas, da qual é elemento”, acentuando que “não se pensa em fazer do filósofo um estadista nem do estadista um filósofo”, mas indispensável fazer a “aproximação das duas missões que é a de elevar o homem e orientá-lo para a perfeição moral e para a paz”. Exatamente o contrário do que está fazendo a estranha Uniban permitindo que alunos se transformem em horda de bárbaros intolerantes. Na notável aula inaugural de 1966, Milton Campos retoma a mesma tese ao dizer que “o destino das universidades é de natureza intelectual e integra-se essencialmente nos domínios do espírito. Caíram os muros medievais dos jardins fechados, e a Universidade abriu-se, tornou-se praça e fórum: praça porque dá acesso a todos sem distinguir privilégios; fórum, porque quer ser um arejado centro onde se debatam as idéias”.

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