domingo, 11 de abril de 2010
A profanação do túmulo de Tancredo I
Candidatos que obedecem cegamente as instruções de marqueteiros estão sujeitos a vexame, em tudo semelhante ao protagonizado pela candidata presidencial na cidade de São João Del Rey. Exalando o odor nauseabundo de descomunal farsa, ante o olhar constrangido do bom Patrus, a candidata depositou flores na sepultura de Tancredo Neves, tentativa burlesca de reconciliação do petismo com o ex-presidente após 25 anos de havê-lo repudiado com radical e não menor agressividade. Se em Ouro Preto depositar flores no Panteon da Inconfidência poderia ser encarado normalmente como peça publicitária de campanha, tentativa que também adquire ares de mistificação aceita com naturalidade pelos ouropretanos acostumados a essas encenações, a visita incorporada do PT ao jazigo do líder mineiro aconteceu com atraso de um quartel de século, após expulsar de seus quadros dos três parlamentares paulistas que votaram em Tancredo no colégio eleitoral, além de recusar publicamente a participação no projeto de união nacional comandado pelo mineiro morto antes de assumir a presidência.
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