domingo, 21 de dezembro de 2008
Instituições em risco I
Véspera de Natal e Ano Novo não é um bom momento para manifestações pessimistas. Ao contrário, há tendência nos corações de encontrar convergências capazes de amenizar eventuais crises ou fracassos, de buscar motivações novas para o reencontro de alegrias perdidas. Este o sentimento dominante naqueles que têm obrigação de expor pontos de vista e formular conceitos em espaço de jornal, permanentemente em confronto com o dever de lealdade e franqueza com leitores. Se formulasse avaliações plangossianas sobre o quadro das instituições brasileiras, cantando loas à excelência delas ou ao seu perfeito funcionamento, não me causaria espanto se o leitor tivesse conceitos desprimorosos a respeito do autor. Não há como fugir às evidências. Estão à vista de todos. Quando o presidente da Câmara dos Deputados se recusa a cumprir ordem judicial unânime promanada de um tribunal superior, o diagnóstico é de doença grave na instituição parlamentar. Além da amostra nem sempre edificante do comportamento dos seus componentes, de que a bancada de Minas aparece como exceção com algumas ressalvas, o mau exemplo do presidente da instituição é indicativo de sua crescente desmoralização, preocupada em resguardar interesses corporativos em troca da dignidade institucional.
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