domingo, 20 de dezembro de 2009
A resposta da noiva - crônica a destempo I
O fato aconteceu pelos idos de 1960. Sua narração não penetra no amplo terreno da ficção ou da fantasia. Nos dias de hoje é improvável ocorra algo semelhante. Salvo se ainda existe alguma comunidade do tipo isolamento, refratária aos impulsos da modernidade que a tudo invade e, não raro, corrompe. A personagem dessa história é Margarida, uma moça tão bela quanto rebelde aos disciplinados padrões morais da pequena cidade em que vivia. Era filha de seu Euzébio, abastado fazendeiro. Para seu pai estavam vigentes os rigorosos códigos ancestrais de reparação, enquanto nossa heroína folgazava-se livremente com os rapazes de sua idade, mantendo disciplinado cuidado a fim de que, nem por sonho, chegasse até ele notícia de que houvera perdido a virgindade nos descontraídos derriços a que se entregava com desmedida libido. Nela justapunham-se beleza, coqueteria e insaciável apetite sexual, disputado com ardência pelos mancebos de sua idade. Um dia a casa caiu e pressionada pelo pai iracundo aponta Cláudio como principal autor do seu desvirginamento.
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