segunda-feira, 18 de maio de 2009
O sofá da sala e o ilusionismo político III
. Se não estamos ainda vivendo crise grave de governabilidade, apesar dos percalços institucionais inibidores da plena florescência de mudanças fundamentais à vida do país, o comprometimento da pureza do processo eleitoral pode conter o germe de sua própria destruição. E nisto estão bastante interessados muitos grupos em atividade, filiados a correntes de pensamento defensoras de regimes fortes. Atuam à vista de todos e não raro com estímulos de pessoas bem situadas no coração do poder. A propalada reforma política, aberta à discussão da opinião pública, não passa de mero truque de ilusionismo político: ou criar condições de um abusivo terceiro período governamental, ou colocar vendas nos olhos da população para não ver as incríveis deformações morais que, a cada novo dia, estarrecem a opinião pública. Quando são levantadas suspeitas sobre as reais intenções de parlamentares acerca de reformas, conversa sempre recorrente em ano anterior às eleições, declarações as confirmam, mesmo sob o disfarce de plebiscito ou arranjos legislativos que lançarão o Brasil no desconhecido das fórmulas “chavistas” dos referendos. O que a opinião pública, para a qual não se “lixam” muitos dos ilustres representantes do povo no Congresso, tem por obrigação é se manter em atitude vigilante, execrando, pelas formas que tiver ao seu alcance, aqueles que não se comportarem com a dignidade indispensável ao exercício do mandato.
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