domingo, 24 de maio de 2009
A tortura ideológica e a morte de Simonal III
Vítima de malentendido transformado em intriga, Simonal cai na desgraça dos comandantes da esquerda ideológica daquele tempo, especialmente do jornal Pasquim, erigindo-o como alcaguete de militares contra militantes esquerdistas, sem demonstrar a existência de uma só vítima desse delito imperdoável praticado pelo cantor. Vendo o documentário, fazendo exercícios de memória, acatando como válidos e sérios os depoimentos de coetâneos do cantor, realmente só existe uma única razão para a ação terrorista de cunho ideológico praticado contra o artista, forte carga de despeito e a indisponibilidade de seu carisma para as patrulhas ideológicas que combatiam o regime militar. Quando perceberam não poder contar com Simonal para seus objetivos políticos, para os quais muitos artistas se deixaram envolver mesmo sem qualidades que os colocasse aos pés do grande Wilson Simonal, naquele tempo com prestígio popular nos mesmos níveis do de Roberto Carlos, decretaram a morte política e artística do crioulo que despertava infindas alegrias entre as multidões. Porque Simonal o escolhido e não Roberto Carlos, este também refratário ao uso de sua imagem para finalidades políticas?
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