domingo, 24 de maio de 2009
A tortura ideológica e a morte de Simonal III
Está é a dúvida que assalta quantos puderam testemunhar na época o episódio do cumprimento da sentença do silêncio imposta ao cantor, para poder dela se livrar ao ouvir os depoimentos gravados no filme, entre os quais o de Chico Anísio que pediu fosse identificado alguém, filho ou neto, parente próximo ou distante, vítima da ação de alcagüete de Wilson Simonal. Esta forma de justiçamento de tribunais ocultos é regra geral dos regimes autoritários de origem marxista, no Brasil sublimada com tonalidades nativas especiais, que permitem sejam pagos às supostas vítimas do sistema, travestidas de julgadores, polpudas indenizações e folgadas pensões que lhes permite posar para historia como defensores da democracia e da liberdade. E, por espantoso possa parecer, dois dos acusadores de Simonal, ex-editores do jornal Pasquim, fartamente aquinhoados com largas indenizações por se dizerem perseguidos da ditadura, prestam depoimento no filme, dos quais se extrai o sumo do desprezo e do deboche com que se apresentam perante a história e a áspera verdade que dela se extrai do quanto de brutalidade cometeram contra o artista.
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