segunda-feira, 22 de março de 2010
A grave e fatal doença da corrupção IV
Por mais que se enrijeça o discurso moralizador contra a corrupção disseminada país afora, tanto nos grotões como nos palácios, tem-se a impressão que a praga aumenta sua resistência. A cada nova eleição o quadro se renova, voltando sempre com redobrado vigor. Conheci vários homens ilustres que honraram e dignificaram a representação parlamentar, abandonando-a por impossibilidade de enfrentar o dragão do dinheiro sujo nas eleições, vários deles tombados à beira do caminho pelo avassalador uso da compra de votos. O vício é recorrente e parece estar definitivamente incorporado aos costumes, pelo menos até o dia em que se resolva colocar termo ao sistema proporcional de eleição, responsável direto pela presença corruptora da pecúnia nos pleitos brasileiros. O civismo recomenda prosseguir no combate, apesar dos percalços. Dizia o poeta “prudente foi São Francisco que falou aos peixes. Corajoso foi Cristo que pregou aos homens; mas o mais sábio de todos foi João Batista, que pregou no deserto”. Está escrito nos Provérbios (29, 16): “Quando se multiplicam os ímpios, multiplica-se o crime, mas os justos contemplarão sua queda”. Assim seja.
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