domingo, 14 de março de 2010

O centenáro de Tanc redo Neves III

. Novamente em 1961, nos angustiantes episódios vividos com a renúncia amalucada de Jânio Quadros, o espírito conciliador de Tancredo Neves entre em cena para impedir quarteladas e o rompimento absoluto da ordem constitucional, articulando a fórmula parlamentarista como saída de emergência até que as instituições, devidamente recuperadas, pudessem elas mesmas encontrar os rumos desejados pela nação. Em todas essas articulações sempre esteve, dominantemente presente no espírito de Tancredo, aquele sentimento que patenteou para a história em seu discurso de posse no Palácio da Liberdade de que “liberdade é o primeiro compromisso de Minas”. Este sempre foi o seu caminho no amplo trabalho conciliador que realizou na República à maneira de Paraná no Império. Foi bem inspirado o governador Aécio Neves em transformar ato administrativo de inauguração da nova estrutura física de seu governo como homenagem e exaltação à obra política de Tancredo Neves. Não há como negar a justiça do tributo histórico, principalmente pelas circunstâncias dramáticas em que vive hoje o Brasil cujas desfiguradas instituições parecem estar sendo maquiavelicamente moldadas para aventuras caudilhistas e totalitárias, enfraquecendo-as para entronização do arbítrio e da prepotência.

Um comentário:

Maria Tereza Penna disse...

Aguardo cada texto do Exmo, como quem espera uma iguaria suculenta.
E sigo degustando, me deiciando a cada post com permeados de sabores e cores.
Sua admiradora desde tenraidade. Precisamente aos 5 anos...

Maria Tereza Penna