sábado, 29 de maio de 2010
A bela lição da democracia inglesa IV
Os personagens das cenas de transferência do poder na Inglaterra são o espelho da luminosidade exigida pela democracia dos seus praticantes. Sinceridade estuando pelos semblantes marcados pela gravidade da hora, fica o mundo devendo à gloriosa nação a magnífica lição de democracia, que “continua sendo o pior regime, salvo os outros”, conforme definia o imortal Winston Churchill. A rigor, o que acontece politicamente na Inglaterra segue curso natural desde o tempo em que os dois gigantes de sua história parlamentar, Disraeli e Galdstone, deixaram-na impregnada de exemplos de patriotismo e compromissos com o regime democrático. Basta relembrar um ou outro e seguir-lhes os passos para que os ingleses, obedientes às falas tradicionais do trono, encontrem o ponto de convergência que faz grande e poderosa sua nação. Democracia é regime e modo de governar que deita suas raízes na simplicidade das coisas. Sua principal virtude está em respeitar a natureza das coisas, principalmente deixar ao povo abertas as oportunidades a que se manifeste sem constrangimentos de qualquer espécie. Para consolidação definitiva do regime democrático no Brasil, políticos e homens de Estado não esqueçam de fazer dos exemplos de virtude o símbolo maior.
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