sábado, 29 de maio de 2010

Bolsa Copa de Lula virou as catâmbrias III

O presidente está fazendo barretada com o chapéu alheio, especialmente em ano eleitoral, quando jurou por todos os anjos e demônios que irá eleger sua candidata, custe o que custar. Para tanto, está virando as catâmbrias, expressão vinda da Inglaterra no passado, adotada por Machado de Assis numa de suas crônicas, para significar alguém que está pondo as coisas de cabeça para baixo, trocando alhos por bugalhos, de pernas para o ar, enfim, esforçando-se para retirar de sua administração parte do brilho justamente conquistado. O limite entre a glória e o ridículo é tênue demais para ser submetido a choques dessa natureza. Pelo dedo se conhece o gigante, assim como pela palavra se distingue o estadista do bufão. Arrancar do empobrecido povo brasileiro, ainda com 50% de sua população sem rede de esgoto e 14 milhões de analfabetos, dinheiro para premiar atletas altamente bem remunerados é querer as coisas pelo avesso. Virar as catâmbrias.

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