quinta-feira, 13 de maio de 2010
O sinal da cruz dos atletas e o sorriso dos candidatos II
. Antigamente se dizia muito riso pouco siso. Hoje não. Quando mais popular é o político ou o artista, e a mania está contaminando todos diante de fotógrafos e cinegrafistas, seu sorriso se abre para significar estar em paz consigo mesmo e usufruto de intenso momento de prazer. Há exemplos, promovidos pelas novas técnicas de implantes dentários, de fotografados cujo sorriso estampa dentição alva e perfeita, como se estivessem querendo fazer propaganda do odontólogo autor da proeza. Seja como for, estes sorrisos persuadidos pelos marqueteiros que tomaram conta das campanhas políticas, dos publicitários autores de peças propagandísticas para jornais e televisões, atinge as raias do exagero que, em alguns casos, ganham certa tonalidade ridícula, sobretudo quando os momentos em que estão sendo chamados a se pronunciar sugerem circunspeção e seriedade. Assim surgem inspirações para as crônicas. Este é o espírito que move estas mal traçadas linhas, ao cronicar nos sábados sobre assuntos variados. De qualquer forma, observados atentamente, refletem estado de espírito enobrecedor no caso dos sinais da cruz exibidos pelos atletas e certa vulgaridade pelos pavoneadores de sorrisos inteiramente desproporcionais aos acontecimentos de que participam. O caso mais recente e grotesco ficou por conta do sorriso forçado mostrado pela pré-candidata do PT ao colocar flores sobre a lápide do túmulo de Tancredo, local a exigir um mínimo de unção religiosa, substituída pela amostra da arcada dentária anteposta pelos marqueteiros de plantão
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