quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A 4ª Esquadra, o pré-sal e o mar territorial II

A oposição brasileira está perplexa e confusa com a exuberância promocional do presidente. Se não fossem as lembranças de alguns jornais que têm lampejos de independência, a população não mais se recordaria de que promoções, semelhantes a esta do campo de Jubarte da Petrobrás, ganharam largos espaços na imprensa, especialmente no ano de 2006, ano da reeleição, quando Lula declarou urbi et orbi estar o Brasil auto-suficiente em petróleo, bem distante da realidade de hoje de país importador de óleo. Assim tem acontecido com outras promessas e promoções, fazendo lembrar o candidato democrata Barack Obama, nos Estados Unidos, que tem prometido tudo aquilo que simplesmente acaba por se transformar em palavreado oco e vazio de uma campanha eleitoral. A verdade é que a presença nos meios de comunicação do presidente brasileiro durante 24 horas a cada dia, falando de tudo e sobre tudo num palavreado facilmente captado pela população, faz dele um adversário imbatível para a oposição, dividida, desatenta, intimidada e com um discurso inteiramente desfocado daquilo que verdadeiramente interessa à população. Sempre me recordo dos discursos de Carlos Lacerda na oposição. Fustigava o governo com toda a força de sua monumental eloqüência, com resultados nem sempre a ele favoráveis. Mas dava ao povo a certeza e a segurança de que os governantes estavam fiscalizados, não como hoje, vigiados e grampeados por um Estado policial paralelo que pode comprometer seriamente a biografia exitosa do Presidente Lula.

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