segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A morte da oposição - o fim da democracia III

Estou relendo a biografia de Carlos Lacerda, escrita por John W. F. Dulles, e naturalmente comparo a conduta do grande líder oposicionista com a oposição atual, frouxa, desorganizada, destituída de vigor tribunício e, pior de tudo, reduzida força moral. Ao relembrar as eletrizantes campanhas de Carlos Lacerda, segundo Paulo Pinheiro Chagas o “maior orador que já passou pela Câmara dos Deputados”, começo a admitir que para a existência de uma oposição aguerrida é indispensável algo essencial: coragem moral. Recordemos de Ulisses Guimarães, Oscar Corrêa, Paulo Brossard, José Maria Magalhães, Tancredo Neves, Gustavo Capanema, Pedro Aleixo, entre tantos outros, bravos, intimeratos e intimoratos no exercício da oposição. Provavelmente, o leitor lembrará de outros que conservaram a dignidade na luta contra desgovernos.

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