segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A morte da oposição - o fim da democracia IV

E, infelizmente, a degradação continuada dos quadros políticos brasileiros torna-os desprovidos, com as honrosas exceções reconhecidas por imposição de justiça, dessa condição fundamental para o exercício oposicionista, fazendo-a desaparecer do cenário e do teatro de operações onde se joga o jogo do poder. Os mandatos fisiológicos afogam a oposição no mar de lama das transigências espúrias. O resultado é o aplauso incondicional a tudo que vem do poder e com ele o insumo vitaminado ao carcinoma moral que assola o país. Inadmissível, por desonroso, é o presidente do partido oposicionista decretar sua própria fuga do dever, acenando a bandeira branca da capitulação de forma tão vergonhosa. O espaço que deveria ser da oposição parlamentar e política está sendo ocupado até mesmo pelos tribunais, conduzindo eminentes juizes togados ao inconveniente excesso de exibições nos veículos de comunicação, maculando a majestade da Justiça e a respeitável e velhíssima tradição de julgadores só falarem nos autos dos processos a eles distribuídos para decisão final.

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