domingo, 14 de setembro de 2008

Réquiem para uma professora da roça, mãe e líder I

Ao passar os olhos por esta breve crônica, o leitor poderá ser tentado a classificá-la de provinciana, bairrista ou mesmo desimportante. Depois de ler este réquiem para Rosa Fernandes Barbosa, professora da roça, mãe e líder, enterrada no domingo dia 7 de setembro, no pequeno cemitério de Lagoa Grande, no município de Minas Novas, mudará seu conceito diante das virtudes acrisoladas desta mulher extraordinária, cuja dimensão humana extrapola as reduzidas dimensões do pequeno território em que viveu e mourejou, para se projetar no mais amplo universo daqueles seres que vieram ao mundo para trabalhar e servir. Quando prefeito de Minas Novas, meu pai resolveu transformar a bela Lagoa Grande, hoje apenas um espectro, em área de lazer para a população da cidade. Diligente e sábio, o prefeito construiu logo uma escola e para lá designou como professora a jovem Rosa. Aceitou alegre e feliz a tarefa como se designada por Deus para cumprir missão de edificar um povoado e trabalhar na educação de crianças roceiras, até então desprovidas das luzes das primeiras letras.

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